"Um simples pensamento de gratidão elevado ao céu é a mais perfeita oração." Gotthold E. Lessing
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
terça-feira, 9 de agosto de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
RELACIONAMENTO - POR ARNALDO JABOR
Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa: - Ah, terminei o namoro... - Nossa, estavam juntos há tanto tempo... - Cinco anos.... que pena... acabou... - é... não deu certo... Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos essa coisa completa. Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível. Tudo junto, não vamos encontrar. Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona... Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa realmente gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob pressão? O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo. E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar... Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ????
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos essa coisa completa. Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível. Tudo junto, não vamos encontrar. Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona... Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa realmente gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob pressão? O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo. E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar... Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ????
quarta-feira, 13 de julho de 2011
VIVER NÃO DOI
"Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vivivas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Porque sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por que?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado de outra pessoa e não conhecemos, por todos os shows, livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para passear, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela tivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoista que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."
(Carlos Drummond de Andrade)
Porque sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por que?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado de outra pessoa e não conhecemos, por todos os shows, livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para passear, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela tivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoista que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."
(Carlos Drummond de Andrade)
terça-feira, 7 de junho de 2011
AS COISAS COMPLICADAS DO GOSTAR
A. Capibaribe Neto
capi@globo.com
A outra metade nunca sabe o que perde quando perde a gente achando que não ia ganhar nada. As armadilhas dos sentimentos, por uma questão de medo, de defesa, de proteção, são mais perigosas que aquelas que prendem a carne, que tiram sangue de verdade.
Abrir a boca e confessar, traduzindo as coisas do coração, é o mesmo que se expor, ser alvo fácil, imóvel, estático, submisso. Ninguém sabe como o outro coração traduz o que sentimos. Se acha pouco ou bem menos do que esperava, ficamos em desvantagem porque o ser humano é egoísta mesmo quando divide o que sente pela metade; se acha de mais, aí é que aumenta essa desvantagem, porque o outro lado acha que bem pode manobrar, ditar normas, fazer cobranças, as vezes até impor, porque se sente superior. Gostar é complicado. Não gostar é muito ruim.
Ficar só é escutar o som dos próprios passos ou o silencio pesado que faz companhia a toda solidão ou, no máximo, as batidas do coração em agoniada calma. As coisas do gostar são complexas, emaranhadas, prolixas, suas cores vão da festa de um arco-iris ao negro profundo de uma imensa interrogação. Uma dúvida pesada numa encruzilhada, o segrede de um abismo escuro, um rio que não conhecemos. Gostar tem vertigem, enxaqueca, dor de barriga, cólica, ânsia, medo, pavor, mas tem também calmaria, serenidade, cumplicidade, molecagem irresponsável. Tem dor, mas tem amor, tem paixão, sangue a areia, bolero e tango. Tem rumba, tem valsa, tem salsa, merengue, suor e lágrimas. É tudo, é muito, é exagero, é falta, bonança e lambança, esperança e desespero.
Gostar tem bem mais e as vezes muito menos, quase nada, um pouco que seja, que de repente é bom só porque absolutamente nada é muito, muito pior.
Olho você, que não tem nada comigo e nem sabe que o que tenho por você é uma confusão enorme, como um pesadelo sem pé nem cabeça, uma coisa só minha, que disfarço, que escondo e nem ouso me confessar assim, tão amiúde, para não deixar claro, de janela aberta, o que trago no peito, carrego na alma chorando baixinho por uma saudade que nem é minha.
Vá entender as coisas do gostar, sendo gostado ou não. Indo sozinho, voltando acompanhado. Indo de mãos dadas, voltando sem ninguém. Mais complicado? Và entender as coisas do amor, os mistérios irresponsáveis da paixão, das loucuras. Acordo assim, no meio da noite e me confesso num suspiro que tem nome que não posso chamar, não posso dizer “venha!”. É, é como diz a música, hoje mais certa do que nunca: “eu não sei mesmo dizer o que quer dizer “eu amo você”...
O que é o amor? O que é gostar? É isso que eu sinto e não posso dizer ou o que digo sem saber porque não sei se é isso mesmo que quer dizer o que me enche o peito, a ponto de me sufocar, quase morrer? Confuso, complexo, louco, maluco... Chego a sentir vergonha se me olho no espelho: “ainda tenho esse direito”? Estou vivo, ainda pulso, sinto saudades, chego a chorar, adormeço num soluço, acordo suado, sufocado, quase morto, ardendo, chamando em silencio por um nome que só existe numa sombra que escondo da luz.
São complexas, complicadas, malditas e abençoadas as coisas do amor, do gostar, do querer bem de um lado só.
Não gostar é bem pior; não amar é pior ainda.
Melhor é viver enquanto há vida!
capi@globo.com
A outra metade nunca sabe o que perde quando perde a gente achando que não ia ganhar nada. As armadilhas dos sentimentos, por uma questão de medo, de defesa, de proteção, são mais perigosas que aquelas que prendem a carne, que tiram sangue de verdade.
Abrir a boca e confessar, traduzindo as coisas do coração, é o mesmo que se expor, ser alvo fácil, imóvel, estático, submisso. Ninguém sabe como o outro coração traduz o que sentimos. Se acha pouco ou bem menos do que esperava, ficamos em desvantagem porque o ser humano é egoísta mesmo quando divide o que sente pela metade; se acha de mais, aí é que aumenta essa desvantagem, porque o outro lado acha que bem pode manobrar, ditar normas, fazer cobranças, as vezes até impor, porque se sente superior. Gostar é complicado. Não gostar é muito ruim.
Ficar só é escutar o som dos próprios passos ou o silencio pesado que faz companhia a toda solidão ou, no máximo, as batidas do coração em agoniada calma. As coisas do gostar são complexas, emaranhadas, prolixas, suas cores vão da festa de um arco-iris ao negro profundo de uma imensa interrogação. Uma dúvida pesada numa encruzilhada, o segrede de um abismo escuro, um rio que não conhecemos. Gostar tem vertigem, enxaqueca, dor de barriga, cólica, ânsia, medo, pavor, mas tem também calmaria, serenidade, cumplicidade, molecagem irresponsável. Tem dor, mas tem amor, tem paixão, sangue a areia, bolero e tango. Tem rumba, tem valsa, tem salsa, merengue, suor e lágrimas. É tudo, é muito, é exagero, é falta, bonança e lambança, esperança e desespero.
Gostar tem bem mais e as vezes muito menos, quase nada, um pouco que seja, que de repente é bom só porque absolutamente nada é muito, muito pior.
Olho você, que não tem nada comigo e nem sabe que o que tenho por você é uma confusão enorme, como um pesadelo sem pé nem cabeça, uma coisa só minha, que disfarço, que escondo e nem ouso me confessar assim, tão amiúde, para não deixar claro, de janela aberta, o que trago no peito, carrego na alma chorando baixinho por uma saudade que nem é minha.
Vá entender as coisas do gostar, sendo gostado ou não. Indo sozinho, voltando acompanhado. Indo de mãos dadas, voltando sem ninguém. Mais complicado? Và entender as coisas do amor, os mistérios irresponsáveis da paixão, das loucuras. Acordo assim, no meio da noite e me confesso num suspiro que tem nome que não posso chamar, não posso dizer “venha!”. É, é como diz a música, hoje mais certa do que nunca: “eu não sei mesmo dizer o que quer dizer “eu amo você”...
O que é o amor? O que é gostar? É isso que eu sinto e não posso dizer ou o que digo sem saber porque não sei se é isso mesmo que quer dizer o que me enche o peito, a ponto de me sufocar, quase morrer? Confuso, complexo, louco, maluco... Chego a sentir vergonha se me olho no espelho: “ainda tenho esse direito”? Estou vivo, ainda pulso, sinto saudades, chego a chorar, adormeço num soluço, acordo suado, sufocado, quase morto, ardendo, chamando em silencio por um nome que só existe numa sombra que escondo da luz.
São complexas, complicadas, malditas e abençoadas as coisas do amor, do gostar, do querer bem de um lado só.
Não gostar é bem pior; não amar é pior ainda.
Melhor é viver enquanto há vida!
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